EIXO 6: Ambiente e Holding como função do analista
D.W.Winnicott trouxe para o campo psicanalítico contribuições que abriram novas frentes teóricas e de atuação na clínica. Uma delas foi compartilhar, em suas publicações, a sua prática centrada do cuidado do self e privilegiando a experiência intersubjetiva analista-paciente, dentro de um campo transicional. Operacionalizando formas novas de atendimento psicoterapêutico, colocou um pilar fundamental para a nossa prática clínica cotidiana junto aos indivíduos das mais diversas faixas etárias: trata-se da questão da corporeidade do analista que é mister se fazer presente e viva na sua relação com o analisando, este também apresentando seu modo de viver (ou não) no corpo, modificados ambos _ analista e analisando _ um pela presença do outro.
Assim, refletindo sobre a proposição de Winnicott da importância da presença
psicossomática do analista, desenvolvemos reflexões sobre a experiência da
corporeidade na relação intersubjetiva que se dá no espaço entre analista-analisando.
Procuramos ilustrar com exemplos de casos clínicos.
Rosa Maria Tosta
Psicóloga, atua como psicoterapeuta e supervisora em clínica privada e na clínica da PUC/SP. Doutora em Psicologia Clínica. Professora da graduação e do pós-gradução em Psicologia Clínica na PUC/SP.
Membro dos seguintes grupos de estudos e pesquisas: EPW-SP – Espaço Potencial Winnicott: Estudo e Pesquisa em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae; Grupo Brasileiro de Pesquisas “Sándor Ferenczi”; e do Laboratório de Estudos da Intersubjetividade e Psicanálise Contemporânea – IPUSP e PUC-SP – LIPSIC.