Me. Raquel Schneider e Joseane Finger

O presente artigo descreve uma experiência clínica na qual se utiliza como intervenção terapêutica o uso de histórias, criadas e retratadas pela própria paciente. Utiliza-se como balizador teórico a psicanálise, em especial a psicanálise winnicottiana, partindo de Winnicott até autores contemporâneos.
Busco lançar um entendimento psicodinâmico sobre o funcionamento familiar, uma vez que neste observa-se o fenômeno da transgeracionalidade, de um ambiente não facilitador ao desenvolvimento – de uma função de holding e handling falhas, e de reiteradas intrusões. Outrossim, de uma falha ambiental enquanto condição de desenvolvimento, acarretando o que Winnicott entende como “Tipo de esquizofrenia latente instalada na infância”.