CONFERÊNCIA
Esta apresentação possui a intenção de compartilhar certa perspectiva sobre o trabalho analítico e nele a mutualidade da relação paciente – analista.
Parte do entendimento de que as construções que nascem em nós quando escutamos um paciente “ ouvem” os fantasmas inconscientes que determinam suas condutas na vida e seus sofrimentos; fantasmas que na relação analítica, criam a palavra que os explica e , oxalá! os acolha. A beleza do método analítico está no fato de obrigar o conjunto das forças psíquicas a congregar-se e a refletir-se no exercício da fala e da escuta. A palavra carrega no relato de certo acontecimento, por vezes inocente, a memória inconsciente que levou a atenção a investi-lo e o desejo reprimido a atualizá-lo na consciência.
Analista e paciente portadores de experiências significativas em suas trajetórias de vida, um deles com maior e outro com menor experiência emocional nos desafios enfrentados, aproximados no trabalho terapêutico em uma aliança assimétrica, colocam-se unidos em um propósito comum: fazer daquele encontro uma vivência de descoberta, a saída do lugar comum. Nas palavras de Freud, o encontro do qual esperava a redução dos preconceitos e a ampliação dos horizontes.
Silvia Lobo
Psicanalista. Psicóloga. Socióloga.
Membro da Internacional de Psicanálise ( IPA). Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de S.P.(SBPSP)
Docente do Instituto de Psicanálise “” Durval Marcondes”” da SBPSP. Autora dos livros:”” A Paciente. A Analista e Dr,Green””- selecionado ao Prêmio Jabuti; “” As Mães que fazem Mal “” e lançado no XVI Encontro o livro “” O Silêncio das Mulheres e outros mais.