EIXO 2: Ambiente e Holding na criatividade e cultura

A conceituação e a utilização clínica do meio maleável, em Milner e Roussillon, revelou que a invenção da transicionalidade, feita por Winnicott, apresenta como necessária a existência paradoxal de um objeto para ser um destruído indestrutível; ou seja, plástico suficiente para assumir uma nova forma. Aqui, questiona-se como o mar, mesmo impossível de dominar, poderia ser matéria para uma imaginação e simbolização do holding. A existência do mar como metáfora do infinito, do desconhecido e profundo leito materno poderia ser já uma transicional invenção de um cais.

Paulo Parente Jr.
Doutorando em Psicologia no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (2017). Atualmente seus interesses de pesquisa são: linguagem, simbolização e ritmicidade.